História
A história do município de Ariranha inicia-se, conforme a tradição histórica, com a construção de uma pousada, em 1892, com o nome de “Três Marias”, em homenagem às proprietárias das terras localizadas nas proximidades da pousada:- Maria da Glória, Maria Bárbara de Jesus e Maria Maximino, edificado visando abrigar os cavaleiros ou tropeiros que costumavam acampar durante a noite no local, nas proximidades do rio Três Marias, a fim de ali pernoitarem, por ser o centro das grandes caminhadas que faziam.
Assim sendo, surgiu à ideia de construírem um abrigo e, posteriormente, uma capela. Esta última foi feita de barro, erguendo-se, ao lado da mesma, uma grande cruz de madeira. Logo após, começaram a surgir os primeiros casebres ao redor da capela, sendo os primeiros moradores os próprios donos das terras da localidade: Januário D’Antonio, o fundador; D. Máxima Beralda de Jesus; D. Bárbara de Siqueira e Luiz Ricardo de Fonseca. Também doaram terras para a formação do seu patrimônio, Vicente Alves e João Lopes de Abreu. Nessa época, todos os registros de nascimento eram efetuados em São Sebastião do Turvo (IRUPI).
Existiam duas estradas: Uma partia de Jaboticabal passando por Aparecida de Monte Alto, Cerradinho (Catanduva) chegando a São José do Rio Preto. Uma segunda saía de Jaboticabal, passava próximo a São José do Rio Preto até o porto de Taboado (no rio Paraná), tendo sido construída na época da guerra do Paraguai. O principal meio de transportes era o carro de boi, estando à estrada de ferro mais próxima, na cidade de Taquaritinga.
A região era conhecida como "São Bento de Araraquara". Com início da povoação, Januário D'Antonio sugeriu denominá-la de Vila de São João, inovando a proteção do santo devido às fortes geadas ocorridas no mês de junho que dizimavam a principal cultura local, o café.
Posteriormente, em torno de 1902, a localidade passou a chamar-se São João das Ariranhas. O nome Ariranha, atribuído ao município, prende-se ao fato da existência de um córrego nas imediações ao povoado, onde os fundadores diziam haver muitos animais denominados Ariranha, designação indígena de um bicho semelhante à lontra. Ainda em 1902, inicia-se a vinda de migrantes, atraídos pelo clima e a terra excelente para o cultivo do café, procedendo das cidades de Ribeirão Preto, Mococa eDescalvado, sendo em sua maioria italianos, mas havendo também espanhóis o que caracteriza a descendência atual.
A lei estadual 1.104 de 30 de novembro de 1907, criou o distrito de Ariranha, constituído com território desmembrado de Monte Alto, e concedeu à vila foros de cidade. Verificou-se a instalação do município no dia 10 de Abril de 1919.
Até 1944, Ariranha permaneceu na divisão administrativa judiciária do Estado com um só distrito, o da sede. De acordo com o decreto-lei estadual nº14.334 de 30 de novembro de 1944, que fixou o quadro de divisão territorial administrativa judiciária do Estado de São Paulo, vigente em 1945-48, Ariranha passou a ter dois distritos Ariranha e Jaguateí (Palmares).
No tocante à organização judiciária, Ariranha permaneceu inicialmente à Comarca de Jaboticabal, sendo distrito de Monte Alto, posteriormente à comarca de Catanduva, passando em 1939 a Santa Adélia (Decreto Estadual nº 9.775 de 30 de novembro de 1938) permanecendo nesta situação até o presente.
Pela Lei estadual nº 8.050 de 31 de dezembro de 1963, o distrito de Palmares Paulista (ex-Jaguateí) foi elevado a município voltando Ariranha a ter somente o distrito sede.
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